segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Mercado


BEA considera oferta da Oracle muito baixa.

Em carta, vice-presidente afirma que 'a BEA é substancialmente mais valiosa para a própria Oracle e principalmente para seus acionistas que o preço indicado', de US$ 6,7 bilhões.

Por IDG News Service
publicado em 15/10/2007

A BEA Systema considerou "muito baixa" a oferta de compra da Oracle, feita na última semana, onde esta se dispunha a pagar US$ 17 por ação da companhia, o que levaria a transação para cerca de US$ 6,7 bilhões, ao preço do papel na última quinta-feira (11/10).

A companhia de middleware enviou uma carta ao presidente da Oracle, Charles Phillips, com sua avaliação.

Nela, afirma que "nosso conselho de administração reconhece seu interesse pela BEA, expresso em sua carta de 9 de outubro, e está avaliando a oferta junto a alguns consultores. Na visão do conselho, entretanto, a BEA é substancialmente mais valiosa para a própria Oracle, para os demais e, principalmente, para nossos acionistas que o preço indicado em sua carta".

Quem assina o documento é William Klein, vice-presidente de planejamento e desenvolvimento da companhia.

"Como já lhe indicamos previamente, acreditamos que a ausência de informações financeiras atuais nos mercados públicos limite a visibilidade do investidor sobre nossa performance. Esperamos que esse problema seja sanado em um futuro próximo, quando tornaremos públicos nossos balanços à SEC e poderemos nos comunicar de forma mais completa com a comunidade financeira", afirmou Klein.

A empresa atrasou a publicação dos últimos balanços por conta de uma investigação na forma de contabilizar seu programa de stock options, problema que afetou também outras companhias de tecnologia.

Klein também pediu esclarecimentos sobre o significado dos planos da Oracle de prosseguir com o processo.

"Como deixamos claro em conversas anteriores, somos muito sensíveis ao fato da Oracle ser um concorrente direto da BEA. Por isso, o conselho não pode considerar nenhum processo de longa duração, aberto por natureza, que possa deixar à mostra informações estratégicas da companhia e, assim, prejudicar nosso negócio e os interesses dos nossos acionistas", reiterou Klein.

(Paul Krill-InfoWorld, EUA)

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